terça-feira, 28 de agosto de 2012

Incorporação de médium iniciante na Umbanda

Bem, sabemos que existem vários tipos de mediunidade já classificadas, principalmente pelos Kardecistas, mas na Umbanda a mediunidade mais usada é a de incorporação, pois a usamos para o trabalho com as varias entidades que se apresentam nos terreiros para fazer um trabalho de desenvolvimento, tanto deles quanto o dos médiuns que se propõe a esta troca de energias positivas que resultam em aprendizado e uma grande oportunidade de fazer algo que venha a nos auxiliar a compreender mais os nossos defeitos e nossas dores, fazendo o atendimento a tantas pessoas que tem problemas as vezes infinitamente maiores que os nossos e buscam um atendimento de orientação, uma palavra que abrande a sua dor, alguém que lhe diga palavras encorajadoras, e para isto a incorporação de uma entidade tem que ser feita com muita responsabilidade para que tenha o mínimo de intervenção do médium, no início do processo de aprendizagem da incorporação o médium sente as vibrações da entidade e fica na duvida se são suas ou não, os médiuns que vem da linha Kardecista sentem uma uma dificuldade grande, pois la usam muito a mediunidade intuitiva o que aqui dificulta um pouco, pois o médium sente a presença da entidade, as vezes consegue captar antes de incorporar as mensagens da entidade, mas a incorporação se da ainda muito consciente e superficial, o que leva o médium a duvidar de si mesmo, o importante neste estagio é ir percebendo os gestos e posturas destas entidades  e ver que tem algumas bem marcantes, como ficar curvado e caminhar como um velho no caso de Preto Velho, ou a postura eréta de um Caboclo, movimentos que vão surgindo sem o nosso comando, como o dos braços e pernas, um peso que nos faz curvar e permanecer assim por um bom tempo e depois não sentir dor alguma, a nossa respiração que dispara, o coração parece que bate a mil, tremores de braços e pernas, quando vamos aos poucos nos entrosando ou se doando mais ao processo de incorporação, mas não tem jeito o processo é demorado, é um se adaptando ao outro e para isto tem que haver uma sequência de trabalho, temos que nos dedicar para sempre aperfeiçoar mais a incorporação, no inicio é bem consciente, depois com o tempo ela passara a semi-consciência onde neste estagio o médium já bem preparado já sabe discernir o que é da entidade e o que é dele mesmo, neste estágio o médium já esta preparado para o trabalho de atendimento ao publico, pois mesmo semi-consciente ele pouco ira lembrar dos atendimentos, a incorporação inconsciente é mais difícil de atingir, precisa um bom tempo de trabalho com esta entidade e mesmo assim as vezes as entidades deixam os médiuns semi-conscientes para que possam absorver mais dos aprendizados passados nas giras e atendimentos, pois sempre o aprendizado tem que servir a todos e muitas vezes a mensagem passada pela entidade a consulente serve também para o médium fazendo assim o objetivo do aprendizado a ambos.

Não tenha pressa, confie, entregue-se, faça com amor e com amor será conduzido, o caminho é longo mas por certo já trilhamos outros caminhos muito mais longos até aqui e não será este que nos da tanto retorno positivo em nossa vida que iremos desistir, Salve a Umbanda, Salve os Orixás.

Bem por hoje é isto que tinha para colocar, até breve.
Muito Axé a todos.
Tiarajú Silveira

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